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Honda CUV e: A Reinvenção da Motocicleta Elétrica com DNA Popular

Erik Perin
24 de julho de 2025
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A história da Honda é marcada por ciclos de ruptura que moldaram o cotidiano de milhões. Com a estreia da CUV e, a marca japonesa abre um novo capítulo — desta vez, inteiramente movido a elétrons, mas sem renunciar à essência de praticidade, robustez e preço acessível que pavimentou sua trajetória global. No tabuleiro da mobilidade elétrica, a Honda opta por não seduzir apenas entusiastas ou pioneiros, mas mirar o centro do mercado, onde as decisões ainda são guiadas por lógica, orçamento e confiança construída ao longo de décadas.

A CUV e nasceu para cumprir missão dupla: democratizar o acesso à propulsão elétrica e desafiar os paradigmas da mobilidade urbana. Visualmente compacta, ergonomicamente desenhada para o uso diário e com peso de apenas 95 kg, a scooter elétrica exibe soluções técnicas que refletem a obsessão da Honda pelo detalhe funcional. O motor, do tipo brushless (sem escovas), posicionado no cubo da roda traseira, entrega potência máxima de 4,2 kW (cerca de 5,7 cv) — suficiente para garantir aceleração ágil no trânsito urbano e velocidade máxima na casa dos 75 km/h, respondendo à legislação e às necessidades do tráfego nas cidades brasileiras.

Honda CUV, scooter eletrica da marca
Honda CUV, scooter eletrica da marca

O verdadeiro diferencial, no entanto, reside na bateria. São dois módulos removíveis de íons de lítio, cada um com cerca de 1,44 kWh, permitindo recargas independentes em tomadas convencionais. O sistema inteligente de gerenciamento (BMS) protege contra sobrecarga, descarga profunda e variações térmicas, prolongando a vida útil e maximizando a segurança do conjunto. Em condições ideais, a autonomia pode atingir até 170 km no modo ECO — valor possível pelo baixo peso, eficiência do powertrain e otimização do consumo energético em ciclos urbanos.

A arquitetura da CUV e privilegia versatilidade. O quadro em aço de alta resistência suporta uso intensivo, enquanto suspensão telescópica dianteira e garfo mono na traseira equilibram conforto e precisão em pisos irregulares. Freios a disco na dianteira e tambor na traseira, associados ao CBS (Combined Braking System), oferecem frenagens progressivas e estáveis, mesmo para condutores menos experientes. O painel digital LCD concentra informações de velocidade, autonomia, modo de condução e alertas de manutenção, enquanto o compartimento sob o banco acomoda objetos essenciais para a rotina.

Do ponto de vista estratégico, a Honda aposta na produção local e na política de preço acessível: o valor inferior a R$ 30 mil sinaliza que a transição elétrica não é mais exclusividade dos segmentos premium. O modelo chega pronto para disputar o mercado com rivais a combustão e outras alternativas elétricas, levando consigo o peso simbólico da confiabilidade e do pós-venda da marca.

A estreia da CUV e representa menos uma ruptura e mais um amadurecimento do segmento: é a eletrificação como resposta prática e realista aos desafios urbanos, onde autonomia, custo e simplicidade voltam ao centro da equação. Nesse cenário, a Honda não busca reinventar a roda — apenas garantir que ela gire, agora, em silêncio.