BYD Dolphin Mini 2026: O Elétrico que Reescreve a Mobilidade Urbana Brasileira

Por Brenda Lopes
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No cruzamento entre tecnologia acessível e estratégia industrial, o BYD Dolphin Mini 2026 surge como um marco no cenário elétrico brasileiro. Não é apenas o compacto elétrico mais vendido do país alcançando mais de 11 000 unidades em cinco meses de 2025 , é o exemplo concreto de uma transição que se acelera em dimensões sociais, econômicas e técnicas.
Externamente, as mudanças são sutis, porém eficientes: nova cor "Glacial Blue", rodas de liga leve aro 16 com design revisado e pneus Hankook desenvolvidos especificamente para veículos elétricos. A tampa traseira agora ostenta apenas o sigla "BYD", substituindo o extenso "Build Your Dreams", um gesto minimalista que alinha design e identidade global da marca. A versão 2026 expulsou discretamente a versão de quatro lugares, comercializando apenas a configuração para cinco ocupantes, com nova proposta de valor para famílias e motoristas de aplicativo.
Sob a carroceria, o Dolphin Mini mantém sua arquitetura e-Platform 3.0, com motor elétrico dianteiro de 75 cv e torque de 13,8 kgfm. A bateria Blade de LFP de 38,9 kWh proporciona até 280 km (Inmetro) ou 305 km (CLTC) de autonomia, com recarga acelerada de 30% a 80% em apenas 30-40 minutos, resultado de uma integração térmica otimizada.

No interior, refinamento e conectividade avançaram. O painel de instrumentos exibe tela de 7" de alta definição, enquanto a central multimídia evoluiu para ICS 3.0 com conectividade sem fio via Android Auto e Apple CarPlay, além de espaço para carregamento por indução de 50 W. O acabamento privilegiou detalhes sintéticos em azul e novos revestimentos internos.
A segurança se mantém robusta: seis airbags, ABS com EBD, controles de tração e estabilidade, freios a disco nas quatro rodas, assistente de partida em rampa e ISOFIX sem abrir mão da câmera 360° na versão de cinco lugares.
O preço, outro destaque, caiu de R$ 122 .800,00 para R$ 119 .990,00 movimento calculado para reforçar sua liderança, facilitar o acesso e preparar o terreno para a futura produção local na planta de Camaçari.
Tecnicamente, o Dolphin Mini é sólido: aceleração de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos, velocidade máxima de 130 km/h, suspensão McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira); porém críticas à primeira geração estimularam ajustes finos para melhorar conforto e comportamento dinâmico.
O Dolphin Mini 2026 personifica a evolução dos elétricos de entrada: assume, com clareza, a transição de nicho para mercado de massa. Tecnologia antes restrita a segmentos superiores bateria LFP Blade, torque instantâneo, pilotagem assistida agora se traduz em produto popular, funcional e desejável.
O mais vendido entre elétricos no Brasil, ele levanta debates que vão além da curva de defeitos ou da autonomia declarada: trata-se de redefinir o lugar que um veículo urbano ocupa na paisagem contemporânea flexível, conectado e consciente. E no medida em que a produção nacional indica, essa imagem já está começando a se formar em solo brasileiro.